Os principais envolvidos no processo de paz so Oriente Médio esperam que esse assunto seja uma propriedade do governo de Barack Obama, disse na terça-feira o secretário da ONU, Ban Ki-Moon.
Na semana passada, o chamado Quarteto de mediadores de Oriente Médio - União Européia, Rússia, ONU e EUA - se reuniu no Egito para tentar manter vivo o diálogo entre israelenses e palestinos, num momento em que a incertaza política em Israel inviabiliza a perspectiva de acordo neste ano.
Ban representou a ONU na reunião, junto com a secretária norte-americana de estado, Condoleza Rice, o chanceler russo, Sergei Lavrov, e o chefe da política externa da UE, Javier Solona.
Essa deve ter sido a última viagem de Rice à região antes da posse de Obama como presidente dos Estados Unidos, em 20 de janeiro.
"Esperamos que as negociações continuem interruptas durante o próximo período de transição", disse Ban em entrevista coletiva. "E todas as partes estarão esperando que o próximo governo dos EUA se envolva logo, como questão de máxima prioridade", disse ele. "A meta continua clara para todos - fim do conflito, fim da ocupação, uma solução com dois Estados."
Ele acrescentou que o Quarteto "lamenta que um acordo seja improvável (...) até o fim deste ano."
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Obama deve ser melhor para o mundo e o Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia adiantado, na semana passada, sua torcida pela vitória de Barack Obama nas eleições dos EUA. "Da mesma forma como o Brasil elegeu um metalúrgico e a Bolívia elegeu um índio, seria um avanço cultural a vitória de um negro na maior economia do mundo", disse Lula. Mas que impacto real terá a eleição de Obama no Brasil? Ainda que McCain e os republicanos sejam mais propensos à abertura comercial dos EUA, especialistas escutados pelo G1 concordam com Lula em linhas gerais e crêem que a escolha por Obama foi acertada. A curto prazo, McCain talvez fosse mais vantajoso para o Brasil, por fazer maior defesa do comércio livre, enquanto Obama e seu partido são contra a redução de tarifas agrícolas que beneficiariam o etanol brasileiro, entre outras commodities. “Mas Obama é melhor para o mundo, por ser mais negociador e diplomático”, defende o professor da FEA-USP Carlos Eduardo Soares Gonçalves, autor de “Economia sem Truques”, em entrevista ao G1. “Isso deve diminuir as tensões geopolíticas, reduzir as chances de uma arrancada no preço do petróleo e aumentar o fluxo de capitais, que indiretamente beneficiariam o nosso país”.
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