quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Para ONU, Oriente Médio tem de ser propriedade de Obama

Os principais envolvidos no processo de paz so Oriente Médio esperam que esse assunto seja uma propriedade do governo de Barack Obama, disse na terça-feira o secretário da ONU, Ban Ki-Moon.
Na semana passada, o chamado Quarteto de mediadores de Oriente Médio - União Européia, Rússia, ONU e EUA - se reuniu no Egito para tentar manter vivo o diálogo entre israelenses e palestinos, num momento em que a incertaza política em Israel inviabiliza a perspectiva de acordo neste ano.
Ban representou a ONU na reunião, junto com a secretária norte-americana de estado, Condoleza Rice, o chanceler russo, Sergei Lavrov, e o chefe da política externa da UE, Javier Solona.
Essa deve ter sido a última viagem de Rice à região antes da posse de Obama como presidente dos Estados Unidos, em 20 de janeiro.
"Esperamos que as negociações continuem interruptas durante o próximo período de transição", disse Ban em entrevista coletiva. "E todas as partes estarão esperando que o próximo governo dos EUA se envolva logo, como questão de máxima prioridade", disse ele. "A meta continua clara para todos - fim do conflito, fim da ocupação, uma solução com dois Estados."
Ele acrescentou que o Quarteto "lamenta que um acordo seja improvável (...) até o fim deste ano."

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Comentário: O Brasil com a vitória de Obama pode ser beneficiado com o etanol brasileiro, além de que, a América Latina pode vir a ser vista pelo presidente com um maior interesse.

Obama deve ser melhor para o mundo e o Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia adiantado, na semana passada, sua torcida pela vitória de Barack Obama nas eleições dos EUA. "Da mesma forma como o Brasil elegeu um metalúrgico e a Bolívia elegeu um índio, seria um avanço cultural a vitória de um negro na maior economia do mundo", disse Lula. Mas que impacto real terá a eleição de Obama no Brasil? Ainda que McCain e os republicanos sejam mais propensos à abertura comercial dos EUA, especialistas escutados pelo G1 concordam com Lula em linhas gerais e crêem que a escolha por Obama foi acertada. A curto prazo, McCain talvez fosse mais vantajoso para o Brasil, por fazer maior defesa do comércio livre, enquanto Obama e seu partido são contra a redução de tarifas agrícolas que beneficiariam o etanol brasileiro, entre outras commodities. “Mas Obama é melhor para o mundo, por ser mais negociador e diplomático”, defende o professor da FEA-USP Carlos Eduardo Soares Gonçalves, autor de “Economia sem Truques”, em entrevista ao G1. “Isso deve diminuir as tensões geopolíticas, reduzir as chances de uma arrancada no preço do petróleo e aumentar o fluxo de capitais, que indiretamente beneficiariam o nosso país”.